sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Quadrilha de agiotas presa pela polícia movimentava 30 milhões de reais por ano e ameaçava devedores

Fonte: G1

A Polícia Civil, revelou, nesta sexta-feira (28), que a quadrilha de agiotagem desarticulada na quinta-feira (27) durante a Operação Shylock controlava cerca de 60 escritórios no estado do Rio e ainda em Juiz de Fora, Minas Gerais. O grupo agia não só na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana, mas também na Zona Sul do Rio - nos bairros do Flamengo e da Gávea - e ainda na Região dos Lagos, em municípios como Cabo Frio e Rio das Ostras.

Matéria do RJTV



"Nesse momento, surpreende não a quantia financeira, mas sim a quantidade de escritórios, os braços da quadrilha, praticamente por todo o estado. Nós chegamos à conclusão que seriam em torno de 60 escritórios", afirmou o delegado-adjunto da 19ª DP (Tijuca), Leonardo Marchet.

Dinheiro escondido embaixo de colchão

Quinze suspeitos foram presos. Na quinta-feira (27), a polícia tinha a informação de que eram 15 salas e que elas lucravam cerca de R$ 1 milhão por mês. Segundo a polícia, na casa do homem apontado como chefe da quadrilha foram encontrados R$ 1 milhão em espécie, embaixo de um colchão.

Com o fim da operação e os novos escritórios descobertos, a polícia ainda calcula o valor que era arrecadado por mês. Milhares de pessoas foram prejudicadas. Segundo o delegado, está era a maior quadrilha de agiotas do estado.

"Certamente, ao final da operação podemos afirmar que é a principal quadrilha de agiotas do estado do Rio. Ela já estava ultrapassando os limites do estado, chegando a Juiz de Fora", afirmou Leonardo Marchet.

Escutas gravadas com autorização da Justiça revelam como a quadrilha ameaçava devedores no Rio. Numa delas, um suspeito chegou a criar uma letra de música para causar medo nos clientes. Diz a letra: “Pegou tem que pagar senão o bonde brota, nunca confunde idiota com agiota. Seu tempo passou, ‘nós vai’ pedalar sua porta. Nunca confunda idiota com agiota.”

Entre os presos estão o chefe da quadrilha, seu braço direito, dois policiais militares, sendo que um deles fazia a segurança da chefia do grupo, além de funcionários e cobradores.

A polícia monitorou os criminosos por oito meses. Numa das escutas gravadas pela polícia, um suspeito ameaça espancar o filho de uma vítima.

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