Fonte: O Dia
Rio - Para ocupar a Rocinha, a polícia do Rio vai receber, mais uma vez, apoio das Forças Armadas. Blindados da Marinha estão prontos para entrar em ação nos próximos dias. O aparato será o mesmo usado para pacificar a Mangueira, que recebeu a última Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Serão usados modelos Clanf, M-113 e Piranha, operados por fuzileiros navais. O ‘caveirão’ aéreo da Polícia Militar também vai ser usado na operação, assim como o helicóptero Águia, da Polícia Civil.
O Exército, que apoia a política de segurança ao atuar nos complexos do Alemão e da Penha, ainda não confirmou se vai participar da retomada de território na Rocinha. A ação será coordenada pela cúpula da Secretaria de Segurança Pública, mas a estratégia de ocupação em relação às comunidades anteriores foi modificada. Desde o início da semana, as polícias Civil, Militar e Federal fazem operações na Rocinha e em outras favelas.
Nesta quarta-feira, por exemplo, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), com o apoio do Choque, fez incursões nos morros da Pedreira e Lagartixa, em Costa Barros, Zona Norte, outro reduto do bando de Nem da Rocinha. Quinta-feira passada, cinco delegacias da Polícia Civil fizeram operação na Rocinha. Na ocasião, a polícia estourou centrais de ‘gatonet’ e clínica de aborto, e recuperou 31 motos roubadas, além de produtos pirateados.
O principal Quartel General (QG) dos militares e agentes será no 23º BPM (Leblon). Depois da ocupação, a Polícia Militar vai montar três bases na favela da Rocinha. A previsão é a de que a UPP seja inaugurada até o final do ano, utilizando parte do efetivo de 1.500 novos policiais militares. O grupo se forma até dezembro no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap). Na ocupação, a PM vai contar ainda com o apoio de outras forças de segurança, como a Guarda Municipal e Polícia Rodoviária Federal, além de secretarias como a de Saúde e de Assistência Social.
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