sábado, 12 de novembro de 2011

Moradores estocam alimentos antes da ocupação na Rocinha e se preparam para isolamento

Um sacrifício que vai durar dois dias, mas vai valer a pena, é claro que escrever isto aqui é mais simples, mas estou, e acho que todos estamos na torcida para que nada aconteça aos moradores da comunidade.

Mantenha janelas e cortinas fechadas durante a invasão, se houver tiroteio o melhor lugar da casa para ficar são os corredores internos.

Força ai.


Fonte: G1


Faltando poucas horas para o início da operação da polícia na Rocinha, favela na Zona Sul do Rio, moradores se preparavam para o isolamento. Nesta tarde de sábado (12) com céu nublado, muitos trocaram a praia pelo supermercado. “A gente está comprando comida para estocar. Eu me preparei até terça-feira [16]”, disse um morador que não quis se identificar.

Moradores-estocam-alimentos-ocupacao-rocinha

Apesar do clima tenso com moradores sendo revistados nas principais entradas da favela, e com helicópteros da polícia próximo às vielas, a maioria dizia não temer a entrada da PM. “É só não ficar na rua, porque pode ter tiroteio. A gente tem que ficar em casa mesmo, lá não tem perigo”, disse um estudante que, por medo, também não quis se identificar.

A operadora de caixa Waldiléia Pereira Sá, de 32 anos, levava seis sacolas plásticas com frutas, verduras, biscoito e frango. "É para não precisar sair. Eu acho que isso termina amanhã [domingo,13], mas se levar mais dias a gente está preparado", contou a mulher, que mora com o marido e três filhos na Rocinha.

Nesta tarde, famílias inteiras iam ao mercado para fazer as compras de emergência. "Eu comprei só besteirinha para a criançada", afirmou uma idosa que não se identificou. Ela estava acompanhada das duas filhas, cada uma levando seis sacolas.

Comércio não quer abrir as portas

Comerciantes, ambulantes e mototaxistas da favela disseram que não pretendem trabalhar no domingo (13), dia em que a polícia deve ocupar a comunidade para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Fiscal das motos que prestam serviço à população da Rocinha, Juliano Batista, de 25 anos, lamenta a paralisação. “Mesmo que a gente trabalhasse não ia adiantar nada. Quem vai querer subir amanhã?”, questionou. Ele disse que espera que já na segunda-feira (14) a situação esteja normalizada.

Também receoso com o que vai acontecer nos próximos dias, um relojoeiro de 54 anos, que não quis ter o nome divulgado, planejava o que fazer no domingo de “folga”. “Acho que vou à igreja e depois ficarei em casa”, afirmou.

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