quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Começa julgamento do coronel PM Cláudio Luiz de Oliveira acusado da morte da juíza Patrícia Acioli

Fonte: G1


Começou por volta das 10h desta quarta-feira (9) o julgamento dos onze policiais militares acusados de participação na morte da juíza Patrícia Acioli, no Tribunal de Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Matéria do Bom Dia Rio



Patrícia foi morta no dia 11 de agosto, com 21 tiros, quando chegava em sua casa, em Niterói. A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo. Entrem os alvos investigados por ela, estavam quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis e no transporte alternativo, entre outros crimes.

Catorze testemunhas de acusação devem ser ouvidas nesta quarta-feira. Outras 130 testemunhas, dessa vez da defesa dos acusados, devem ser ouvidas na próxima semana. Já os acusados só devem prestar depoimento no dia 18, último dia do julgamento.

O júri é presidido pelo juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Câmara Criminal de Niterói. Quatro promotores representam o Ministério Público. São eles: Rubem Vianna, Daniel Braz, Cláucio Cardoso e Antônio Carlos Pessanha.

Entre os acusados está o ex-comandante dos 7º BPM (São Gonçalo) e 22º BPM (Maré), tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, que antes do crime já era investigado por Acioli por envolvimento com execuções e corrupção. Ele é acusado de ser o mandante do crime. Na ocasião em que foi preso, ele afirmou ser inocente.

As audiências acontecem nesta quarta, quinta (10) e sexta (11) e na próxima semana, nos dias 16,17 e 18 de novembro. Ao todo, a Justiça deve ouvir o depoimento de cerca de 150 testemunhas de defesa e acusação.

TJ negou liberdade de ex-comandante

Na terça-feira (8), a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio negou o pedido de liberdade para o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira.

No início deste mês, a Justiça negou a transferência do ex-comandante e de um outro tenente que estão presos em Bangu 1, na Zona Oeste, com os outros nove PMs denunciados pelo crime. A decisão é do juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói. No texto, ele afirma ainda que a transferência de unidade, no momento, seria “inadequada e desnecessária”.

Outro habeas corpus

No fim de outubro, o TJ-RJ negou, por unanimidade, o habeas corpus a um policial militar suspeito de envolvimento no assassinato da juíza.

Arma do crime

No dia 7 de outubro, uma arma encontrada pela Polícia Federal em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, como sendo uma das armas usadas na morte da juíza Patrícia Acioli.

De acordo com a Polícia Federal, a pistola calibre 45 foi encontrada na favela São José Operário. A perícia fez o confronto balístico e concluiu que as balas da arma estavam na lataria do carro que a juíza dirigia.

PMs foram ao condomínio de Patrícia no dia do crime

Imagens exclusivas obtidas pelo Fantástico mostram que policiais suspeitos de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli passaram pelo condomínio onde ela morava e estudaram as rotas de entrada e saída que usariam poucas horas depois.

O coronel Mário Sérgio Duarte pediu exoneração depois que o coronel Cláudio foi preso.

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