sábado, 12 de novembro de 2011

Marinha levará 194 fuzileiros navais e 18 blindados para operação de ocupação na Rocinha

É muito importante que o morador da Rocinha que tiver carro não o deixe estacionado na rua, o ideal é levar para outro lugar e voltar de ônibus para casa, ou só voltar na segunda.


Fonte: G1


Às vésperas da operação na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, a Marinha revelou que vai colocar em ação 194 fuzileiros navais e 18 veículos blindados na ocupação. O efetivo é o maior já utilizado em ações nas comunidades, segundo a Marinha.

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Na primeira parceria da Marinha com a Polícia, no Complexo do Alemão, foram deslocados 127 combatentes. De acordo com o capitão de mar e guerra Yerson de Oliveira Neto, que irá comandar a operação deste domingo, a Marinha teve mais tempo para planejar essa operação.

"No Alemão, tivemos que agir rápido. Não tivemos tempo para nos preparar como agora. Aprendemos muito com aquela operação. O terreno lá também era mais complicado. Estamos preparados para o combate, a guerra. Achamos que pode acontecer o pior", disse o oficial.

A Marinha empregará três tipos de veículos blindados: sete Lagarta Anfíbios, carros que transportam 25 homens e pesam 22 toneladas; seis M113, com capacidade para 13 militares e peso de 18 toneladas; quatro Piranhas, viaturas sobre rodas e de fabricação suíça e um veículo para transporte de diversos materiais.

“Todos os carros têm blindagem igual, mas exercem funções diferentes. Vou usá-los em ações simultâneas, que vão causar um ambiente de desordem. Os blindados nos dão proteção, rapidez, ação de choque e mobilidade”, afirmou Yerson de Oliveira Neto.

Essa é a quarta operação da Marinha em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Rio. A primeira ação aconteceu no Complexo do Alemão. Em seguida, no Morro da Mineira e São Carlos e, por último, na Mangueira.

“Vamos ter um cuidado extremo com a população. Não queremos oferecer danos à sociedade. No Alemão, tivemos muitos obstáculos e carros de civis no acesso. Agora, que as pessoas deixem as vias livres porque nós vamos chegar. O trajeto onde transitam os ônibus pode nos facilitar”, alertou o capitão.

De acordo com o oficial, a prisão do traficante Nem não teve impacto no planejamento da Marinha.

“Não muda nada. Só nos dá um pouco mais de informações. Fizemos reuniões com o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque. Tivemos que ter uma preparação toda especial para atuar no meio urbano”, ponderou, lembrando que a MB já havia feito imagens aéreas da região antes mesmo da prisão do bandido.

Yerson de Oliveira Neto garantiu que os coletes utilizados pelos militares são os mesmo empregados na missão de paz no Haiti, ou seja, só não suportam tiros de mísseis. Armamento que, segundo o oficial, ainda não chegaram às mãos dos traficantes da Rocinha.

“Usamos o que há de mais moderno. O colete é feito de polietileno e tem proteção nível 3. Aguenta tiros de pistola 9mm, magnum 44 e fuzil. A Marinha nasceu para consolidar a independência do Brasil, mas em tempos de paz podemos ter outras funções”, garantiu.

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