domingo, 13 de novembro de 2011

Lavouras de milho e soja transgênicos crescem em todo país e batem recordes de produção

Fonte: G1

No ano de 1997, os transgênicos ainda eram proibidos no Brasil. O plantio ilegal da soja no Rio Grande do Sul avançou muito e em 1999 os agricultores da região de Tupanciretã foram para as ruas. Imagens gravadas na época por um cinegrafista amador mostram produtores reunidos próximo à sede da Emater para evitar a vistoria das lavouras. Carros de fiscais do Ministério da Agricultura e até da polícia foram bloqueados.

Matéria do Globo Rural



Os produtores adotaram a tecnologia alegando que a soja transgência tinha menor custo de produção e manejo mais fácil.

A permissão para o cultivo de soja transgênica no Brasil não aconteceu rapidamente. Houve muita discussão entre órgãos de pesquisa, de meio ambiente e até do Idec, o Instituto de Defesa do Consumidor.

A soja transgênica tem dentro dela o gene de uma bactéria resistente ao principal herbicida usado nas lavouras: o glifosato. O gene foi introduzido na soja. Com isso, quando o glifosato é passado na lavoura, todas as plantas em volta morrem, com exceção da planta geneticamente modificada.

Apenas em 2004, uma medida provisória autorizou, pela primeira vez, o plantio. Hoje, em Tupanciretã, todas as lavouras são geneticamente modificadas, mas o uso intensivo dessa tecnologia já demonstra os primeiros problemas.

Em 2007, o Globo Rural mostrou que algumas plantas, como a buva, se tornaram resistentes ao glifosato. Hoje a buva está se espalhando por todo o país, um problema ainda sem solução, mas que não impediu a expansão das lavouras geneticamente modificadas: elas ocuparam 74% da área de soja no Brasil em 2010.

No Rio Grande do Sul praticamente tudo é transgênico. Em Mato Grosso, maior estado produtor do país, essa tecnologia também avançou, mas ainda divide espaço com as lavouras convencionais.

Quem planta soja transgênica precisa pagar royalties, uma taxa cobrada pela empresa que desenvolveu a tecnologia. A semente transgênica custa 20% mais do que a convencional, mesmo assim, os agricultores garantem que compensa.

Em algumas regiões, a soja convencional ainda conquista a preferência dos agricultores. Sérgio Stefanello, que possui propriedade em Campo Novo do Parecis, explica: “Nossa região tem dois fatores que faz com que se plante soja convencional. Em primeiro lugar, a logística de exportação via Rio Amazonas feita pelas empresas com produtos convencionais tem um valor melhor que o produto transgênico, chegando em algumas situações a uma diferença de US$ 2 pela saca de 60 quilos. Em segundo lugar, o clima regional bastante regular facilita muito o controle de ervas daninhas, que é o objetivo hoje dos produtos transgênicos”.

Olhando simplesmente uma lavoura não dá para identificar se a soja é transgênica ou convencional. Assista ao vídeo com a reportagem completa e saiba como as empresas se certificam do tipo de produto que estão comprando.

 















 

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