sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sergio Cabral diz que policiais que receberam propina de traficantes da Rocinha devem ser presos imediatamente

Sergio Cabral é uma comédia ambulante, é óbvio que policiais que recebem propina ou qualquer outra pessoa que comete crime deve ser presa. O governador amigo de empreiteiros é um especialista em abrir a boca, falar, falar, falar e não dizer nada. Quer dizer, de vez em quando ele fala uma merda.


Fonte: O Globo

RIO - O governador Sérgio Cabral disse nesta sexta-feira que se for comprovada a denúncia do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, de que os policiais recebiam como propina a metade do dinheiro que ele arrecadava na Rocinha (cerca de R$ 1 milhão) esses policiais devem ser presos imediatamente, além de processados disciplinar e penalmente.

- Policial envolvido com ato ilícito é duplamente marginal. Além de trair toda a sociedade, eles estão matando os próprios colegas que se dedicam a combater o crime organizado - disse o governador durante a assinatura do termo de compromisso com o Ministério da Justiça de prevenção à violência em territórios pacificados.

Cabral comentou ainda que o governo estadual tem dificuldade de expulsar os policiais envolvidos em crimes:

- Ao longo desses anos, estamos passando por experiências ruins. Esses policiais são presos, respondem a processos e alguns juízes os liberam. Expulsar um policial corrupto e de má conduta é uma dificuldade - explicou Cabral, pedindo a colaboração da Justiça nessas situações.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que também participou do evento, garantiu que os presídios do governo federal estão preparados para receber os traficantes presos durante a ocupação da Rocinha.

A Polícia Federal e a Corregedoria da Polícia Civil também investigam as circunstâncias da presença de um delegado e de dois inspetores durante a prisão do traficante Nem, na quarta-feira, na Lagoa . Os três teriam tentando impedir o comboio do Batalhão de Choque de levar o bandido para a sede da PF e tentado encaminhar o traficante para a 15ª DP (Gávea), onde supostamente haveria uma equipe da corregedoria. Os três teriam sido chamados pelo advogado de Nem pelo celular.

O delegado da 82ª DP (Maricá), Roberto Gomes Nunes, esteve na Lagoa com o inspetor Mussi, também daquela unidade, e com o inspetor Figueiredo, lotado na Subchefia Operacional da Polícia Civil. O delegado e o inspetor Mussi prestam depoimento, na tarde desta sexta-feira, na Corregedoria Interna da Polícia Civil. Eles e o inspetor Figueiredo, lotado na Subchefia Operacional da Polícia Civil foram chamados para esclarecer o motivo de estarem no local, no dia da prisão. O inspetor Figueiredo ainda não foi ouvido.

A diretora da Divisão de Assuntos Internos da Corregedoria, delegada Thatiana Losch, disse que só poderá afirmar o real motivo da presença dos policiais no local após ouvir todos os depoimentos.

- Também vamos pedir para a Polícia Federal o depoimento do traficante Nem para saber se ele tem alguma informação sobre os policiais. Não podemos trabalhar com suposições. Temos que apurar os fatos primeiro - afirma a delegada.

O presidente do Tribunal de Ética da OAB, João Baptista Lousada Câmara, afirmou nesta sexta-feira que os três advogados presos com o traficante Nem ainda não tiveram as licenças suspensas. Segundo o presidente, contra eles foi instaurado um processo de suspensão preventiva. No entanto, o Tribunal só decidirá se suspende ou não a licença dos suspeitos na próxima quinta-feira.

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