terça-feira, 1 de novembro de 2011

Anistia Internacional cobra ações contra milícias do Rio e elogia deputado Marcelo Freixo

Fonte: Terra


A Anistia Internacional divulgou um comunicado nesta terça-feira informando os motivos de ter convidado o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) a viajar à Europa para falar sobre a expansão das milícias no Rio de Janeiro. Ameaçado de morte, ele deixou a capital carioca hoje e deve retornar em dezembro. De acordo com a Anistia, ativistas de direitos humanos trabalham há anos para acabar com a disseminação das milícias no Estado.

"Para que se consiga eliminar as milícias, é necessário que se tomem medidas de cunho político combinadas com investigações policiais. Tais ações deverão incluir o combate às atividades econômicas irregulares e ilegais que sustentam esses grupos. Os homens e mulheres que tiveram a coragem de enfrentar essas gangues criminosas costumam viver sob extremo perigo, como ficou demonstrado, recentemente, pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, por integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro", afirmou a Anistia.

O órgão classificou Freixo de "um ativista de direitos humanso de longa data, uma das principais figuras públicas na luta contra as milícias". Na Europa, o parlamentar vai encontrar-se com autoridades e ativistas de direitos humanos para captar apoios que fortaleçam uma ação internacional.

"A Front Line Defenders e a Anistia Internacional reconhecem que as autoridades estaduais têm continuamente fornecido proteção armada ao deputado, e que tal proteção está sendo atualmente reforçada. Entretanto, está na hora de as autoridades federais, estaduais e municipais implementarem as recomendações pendentes da CPI das Milícias, a fim de garantir que todos os cidadãos do Rio de Janeiro possam viver com mais paz e segurança", cobrou a Anistia Internacional.

CPI das Milícias

Em 2008, a CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, coordenada por Marcelo Freixo, investigou a atuação de policiais corruptos no Estado. Mais de 200 pessoas, entre efetivos da Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros e políticos locais foram indiciados.

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