Fonte: Jornal Extra
Depois de a nova cúpula da PM anunciar que pretendia acabar com as “panelas” nos batalhões, transferências de policiais a pedido de comandantes continuam acontecendo, como revelou, na terça-feira, a coluna Extra, Extra! No caso do coronel Wolney Dias, cinco policiais que trabalhavam no Batalhão Especial Prisional (BEP) durante sua gestão foram transferidos, dias depois dele, para o 17º BPM (Ilha). E, em seguida, para o 12º BPM (Niterói), onde o coronel está atualmente. A PM, todavia, alega que as transferências foram autorizadas pelo comando da corporação.
Em outubro, Frederico Caldas, relações-públicas da PM, seguindo determinação do coronel Erir Ribeiro, disse que havia acabado “movimentação de 20 a 30 servidores toda vez que oficial era transferido”.
Pelo visto, a movimentação não acabou. Segundo o boletim número 159, a transferência do coronel Wolney Dias do BEP para o 17º BPM foi feita no dia 26 de agosto. No boletim 171, do dia 14 de setembro, 12 policiais também saíram do BEP e foram para o batalhão da Ilha. Já em 11 de outubro é comunicado, no boletim 008, a transferência do coronel para Niterói. Dezesseis dias depois, cinco daqueles policiais (três cabos e dois sargentos) foram para a unidade.
Depois de negar que tivesse levado policiais do BEP para o 12º BPM, o coronel Wolney afirmou ontem que não falaria sobre o assunto:
— Movimentações na PM são comuns. Não sei porque estão pegando no meu pé.
Segundo o relações-públicas da PM, coronel Frederico Caldas, as transferências realizadas a pedido de Wolney foram autorizadas pelo coronel Pinheiro Neto, chefe do Estado Maior.
— A restrição (às transferências) está mantida para que não haja mais movimentações em bloco. Mas os pedidos foram feitos para eles trabalharem na área administrativa, e, autorizados — disse Frederico Caldas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário