domingo, 6 de novembro de 2011

MP classifica versão da PM para fuga do miliciano Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, como absurda

Abrir a cela e passar por três portões de ferro com cadeado é mágica, no lugar de Carlão ele deveria se chamar Houdini (ou Mister M, para os mais novos).

O fato é que a cúpula da polícia de um lado aceita a milícia por conivência financeira e por outro aceita porque nos locais onde ela domina não acontecem crimes que aparecem na mídia, apenas pobres apanhando ou morrendo dentro de comunidades.





Fonte: Jornal Extra

Absurda e inverossímil. Assim a promotora Isabella Lucas, da Auditoria Militar, classificou a versão apresentada pela Polícia Militar para explicar a fuga do ex-PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, do Batalhão Especial Prisional (BEP), no dia 2 de setembro. Segundo o Auto de Prisão em Flagrante (APF) de um oficial, que estava de serviço no BEP, o ex-PM fugiu, sem ajuda de ninguém, após abrir a cela, passar por três portões e retirar um aparelho de arcondicionado. Sem acreditar na versão, a promotora requisitou a instauração de um novo inquérito para aprofundar as investigações. O procedimento requisitado foi aberto na 1ª Delegacia de Polícia Militar Judiciária (Méier) e está sendo comandado por um oficial. O objetivo é saber como realmente Carlão fugiu.

— Não acredito na versão apresentada. Para o Ministério Público estadual, a versão é inverossímil — declara a promotora.

Carlão estava preso em uma galeria do segundo andar. Segundo as investigações do APF, lavrado pela corregedoria da PM, ele abriu a cela e passou por três portões. Dois deles são de ferro e um ainda tem grades e um cadeado com travas múltiplas. Depois, Carlão chegou ao térreo, entrou na sala da Defensoria Pública, retirou o ar-condicionado do lugar e fugiu sem ser visto. Antes, porém, teria tido o trabalho de colocar o aparelho de volta no lugar. Procurada pelo EXTRA, a PM informou que o Inquérito Policial-Militar citado foi aberto pelo então corregedor, coronel Ronaldo Menezes. Conforme é previsto em lei, o MP e a própria PM podem transformar o auto em um Inquérito Policial-Militar.

Fotos de como era a vida do bandido dentro do BEP





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